segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Caixa de vidro


Em uma historia que eu ouvi alguns anos atrás, eu soube de uma coisa chamada amor, ouvia em varias partes dessa historia essa palavra mágica, eu era criança e não entendia realmente do que se tratava, mas com o passar do tempo pude comprovar que não é tão legal como nas historinhas fantasiosas, mentirosas e enganadoras que ouvia. A realidade bruta põe em escassez esse amor, derrama em esgotos poluídos pelo cinismo, orgulho e de desejos as ultimas gotas do que era essa qualidade. Extinta do coração das pessoas ela é procurada em desespero e ansiedade por alguns, encontrado em resíduos por poucos.

Guardadas em caixas de diamantes e trancadas a sete chaves a porção que devolve esse nobre sentimento não é tão fácil de ser encontrada, exige tempo, luta e esforço grandioso, desejo profundo, conhecimento total. Mas se encontrado, devolve a você coisas que jamais poderia sentir, as cores voltam, o brilho aumenta, e tudo fica mais bonito. Você sai do labirinto escuro das tristezas e angustias, sai do pessimismo consumidor que destroi. Uma alegria infinita, mas pra poucos. O mundo é ingênuo e está agarrado pela fantasia da felicidade fácil, hipnotizadas pelos grandes, enganadas veementemente por anúncios de prazeres maiúsculos e trancados em caixas de fino vidro, fácil de quebrar e de conseguir.

O amor é pra poucos, pelo menos o amor de verdade, o amor sem cinismo, sem ser o da boca pra fora, sem ser de cumprimento, o amor de verdade. E esse amor que se exclui da vida dos demais pode fazer toda a diferença na sua, por isso nunca desista de procurar esse amor que vale a pena, apesar de estar reduzido.

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Por: Alexandre Andrade