domingo, 27 de novembro de 2011

O caminho de volta para casa


No caminho de volta para casa eu encontrei um olhar, eu encontrei a beleza mais exuberante que até então não tinha visto, no caminho de volta para casa eu ri e por algum motivo inexplicável esperei uma resposta que não veio, não importa! Quem sabe outro dia, nesse caminho curto de volta para casa eu observei atentamente naquela pessoa a inocência, pureza, arrogância “desproposital” a desconfiança não forçada. Naqueles olhos quase fechados pela força do sol eu imaginei um futuro, por que será? Não sei explicar, alias nem estou aqui para explicar nada, mais digo que no caminho de volta para casa em cada passo uma nova historia se fazia, e uma nova expectativa eu criava, eu sabia que ela iria reparar em mim! E sempre aquele mesmo olhar de longe eu buscava pelo menos mais uma vez contemplar.

Eu esperava o horário, pois queria voltar para casa, não exatamente estar em casa, eu só queria voltar para casa, fazer aquele mesmo percurso, passar pelas mesmas estradas, ver as mesmas pessoas, eu não conhecia muita gente por aquele caminho que por algum motivo eu seguia, não era o mais fácil nem era mais rápido, mais eu queria ir e vir por ali.

Nome eu não sabia, idade só fazia idéia, um “oi” eu nunca dei, “tchau” muito pior, eu só naquela de sorrir feito retardado e esperar uma única resposta, mesmo que um sorriso sem graça, sei lá qualquer coisa. Tudo em vão! Nenhuma resposta, ou sorriso ou “oi” ou “tchau”.

Era muita vontade pra pouca coragem, imitasse eu conhecidos que tem coragem de sobra, coragem de perder tudo e todos só pra poder ficar próximo de alguém, mais eu aceito esse destino, não gosto mais aceito, talvez a vontade não tenha sido o suficiente, talvez o fato dela nunca ter respondido seja por que ela nunca quis e se ache maior que eu e não por que ela não tenha visto como me fazia acreditar. 

Eu acredito muito no que eu vejo, me decepciono se for contrario porque o que eu vejo é o que eu quero, e poucas vezes erro nesse julgamento, posso não estar sendo correto, coerente, ou humilde, mais é assim que tem que ser pra mim.

Acabei que mudando minha rota pra evitar mais desgastes emocionais, fui pelo caminho mais próximo, mais fácil, talvez ainda volte a andar pela estrada que eu costumava andar, e verei de novo aquele olhar que passa por alto de mim e que disfarça quando me vê, talvez eu não ria mais porque já saberei que não receberei a resposta, mais fico feliz por pelo menos ter acreditado, triste por ter errado no julgamento.

O tempo passou e eu nunca mais á vi, talvez tenha ido embora, fugido ou coisa do tipo. Aquela rua será tão mais sem graça, culpa dela! Quem sabe se ela tivesse respondido meu sorriso não estaria naquela mesma rua me esperando passar.

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Só lembrando que as cronicas desta segunda temporada poderão ser escritas por voces leitores, enviem sugestões de temas, ou de titulos para as postagens que os farei com enorme prazer, deixem tudo nos comentário!

Por: Alexandre Andrade